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Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, apresenta

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Impressões do Minhocão

E se eu me proponho a olhar para um mesmo local e registrar as mudanças que ocorrem nele por um determinado tempo. Analisar como ele muda e o que é possível apreender com ele?

 

        Em 2016 comecei a fotografar a região do Minhocão buscando estabelecer uma lógica de retratos da cidade. A partir de 2018 a produção se estabeleceu como 12 ensaios fotográficos, sendo um por mês, todo dia 24, de janeiro a dezembro durante um ano. O projeto Palimpsesto – Impressões do Minhocão, contemplado pelo Edital Proac 38/2021 publicação propõe ampliar o tema sobre ocupação estética do espaço urbano e valorizar a produção de imaginários coletivos por meio da construção de imagens voluntárias e involuntárias dos agentes da cidade.

 

Obras específicas neste projeto

 

Ensaio fotográfico 2022 e exposição virtual “Palimpsesto: as impressões do Minhocão”

              As colunas do Minhocão expressam essa liberdade de apropriação da tela, mas com a persistência do tempo, diversas disputas de espaços se mostram no local: artistas, comerciantes, pessoas em situação de rua se sobrepõem a alguns grafites e os modificam de acordo com o interesse. O modo de uso tem relação também com o tipo de pessoa que habita e se apropria do local. Cada pessoa é um espaço e compõe o local a partir dos elementos jogados no próprio lugar.

               Cada coluna foi nomeada por número e lado obedecendo o recorte de registrar apenas as colunas centrais. Sendo assim, o projeto produziu 146 fotografias do espaço.

            Os grafites revelam subterfúgios da vida urbana: choques, saídas, criações, combates, estratégias expressivas. E deixou de ser apenas um meio de demarcação de território e assinaturas individuais, passou a ser espaço de expressão de questões gerais da sociedade, embate contra as estruturas de poder e até meios de promover o entretenimento e oferecer um mínimo de alegria para os que transitam nas ruas.

      As fotografias expostas ao lado marcam esse retorno de registro do espaço. Todas as fotos foram realizadas em 25 de janeiro de 2022 e dispostas em sequência de quem caminha do acesso pela Avenida Consolação até a chegada da Avenida Francisco Matarazzo. Boa caminhada!

Como consequência do trabalho, também foi realizada em 2022 uma exposição presencial no Complexo Cultural Funarte, localizado na Alameda Nothmann entre abril e maio de 2022. A exposição de mesmo nome foi contemplada pelo edital de ocupação de espaços da Funarte 

 

Catálogo Arte e resíduos de vida: impressões do Minhocão

            Os grafites expostos no Minhocão são impressos de diversas maneiras. Algumas colunas são praticamente ocupadas por artistas diferentes, assumindo o espaço como um mural para expor o seu trabalho. Os quadros urbanos impressos no concreto são assinados e servem como portfólio e estabelecem uma ética sobre o que é ou não espaço público. Este processo acaba produzindo novas imagens no espaço.

            O catálogo conterá parte das fotografias da captação de imagens realizada durante todo o ano de 2018. Haverá uma tiragem de 100 cópias impressas para distribuição gratuita com previsão de lançamento em 2024. Os interessados podem se inscrever com demonstração de interesse para receber o catálogo no formulário abaixo:

Interesse em receber o catálogo "Arte e resíduos de vida: impressões do Minhocão"

Obrigada!

Palimpsesto: o tempo em imagens

Armando Silva em seu livro “Atmosferas Urbanas: Grafite, Arte Pública, Nichos estéticos” (2014) fala da necessidade do passante treinado, ou sensível à cidade para reconhecer as demandas artísticas e política desses espaços, a fim de reconhecer seu espelho e seu valor enquanto manifestação cultural: “Porque a cidade, viva, se traveste e se tatua do transitório, até onde parecia habitar tão somente a rotina. A cidade de maquia e se camufla e, desse modo, é preciso ser um passante treinado para reconhecer as camadas que se acumulam e se anulam mutuamente. Esses arquivos em fuga, realidades ambulatórias que recobrem a realidade como se apenas do inesperado se tratasse, apelam para as imaginações. Tudo está aí, objeto dúctil do olhar escapando a cada passo: falta apenas olhá-lo”. (Pag. 11).

Encontro aberto abordando as relações entre população, artistas e suas ações na cidade, movidas pelo passar do tempo e o exercício de olhar a cidade. O evento contará com a presença de um mediador, a proponente deste projeto e um artista identificado nos murais do Minhocão.

Duração: 90 minutos

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